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Nesse fim de semana tive uma experiência diferente. Respirei os bons ares do interior, acordei ao som dos pavões e tomei um café da manhã maravilhoso, típico de um bom hotel. Mas a experiência de que estou falando foi outra. Durante três dias, fui o que jamais esperava ser: RECREADORA. Logo de cara, vi aquela criançada fazendo bagunça e pensei “O que eu estou fazendo aqui?”. Mas bastou um dia para começar a pensar diferente. Vi o quanto ser criança é legal e muito mais fácil. Engraçado como elas se divertem tão facilmente, é incrível ver o fascínio no rosto de cada uma ao fazer um bonequinho de bexiga e farinha! Diferente de nós, adultos, que complicamos tanto as coisas e gastamos tanto dinheiro para nos divertir.
Faço uma ressalva para as mimadas e birrentas, mas basta um docinho para adoçar o humor azedo. Ainda assim, pude ver o quanto elas são sinceras, engraçadas e de uma ingenuidade apaixonante. Elas depositam toda a confiança na “tia” que as segura na piscina funda ou acompanha em uma brincadeira noturna dizendo com um olhar de pânico “ Tiiiia, to com medo!!”. Nessa hora, meu lado malvado se divertiu e teve vontade de aterrorizá-las ainda mais. Mas ao invés disso, eu apertei aquelas mãozinhas pequenas e garanti: “Calma, é só brincadeira!” E assim, foi nítido como elas se sentiram mais seguras. E incrível como EU me senti bem.
Nesses três dias, me diverti brincando de pique bandeira, cantando a música do limãozinho e pegando amora do pé para os pentelhos, rolou até certo apego. Pude ver como elas são transparentes e divertidas, apesar de irritantes às vezes. Só elas conseguem ver a riqueza na simplicidade de um boneco de farinha. Só elas conseguem nos mostrar como é fácil ser feliz.
É por isso que existe um dia quase exclusivo para elas. Feliz dia das crianças!