Espaireça

Teresa, você é a coisa mais bonita que eu vi até hoje na minha
vida, inclusive o porquinho-da-índia que
me deram quando eu tinha seis anos.

Manuel Bandeira




segunda-feira, 12 de abril de 2010


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Uma manhã de transporte público pode não ser muito agradável, mas pelo menos rende inspiração para um texto. Hoje acordei mais cedo que de costume e peguei um ônibus até a estação São Judas. Criei coragem, respirei fundo e entrei no micro-ônibus, que ainda não estava tão lotado, mas fui em pé, claro, conseguir sentar seria pedir demais né?
Eu gostaria muito de saber o porquê da existência do micro-ônibus em uma cidade como São Paulo. Não há lugar para metade dos passageiros, possui um corredor de menos de meio metro, por onde é quase impossível transitar, e uma catraca ridícula que ocupa o espaço de 4 assentos, no mínimo. Fora aqueles DOIS assentos preferenciais que não dão preferência alguma para os idosos e deficientes físicos. Os cadeirantes, então, não podem nem sonhar em pegar um ônibus como esse. Bom, pelo menos tem um motorista que é mil e uma utilidades, capaz de dirigir, olhar os passageiros que entram, cobrar a passagem, fazer as contas, pegar o troco (quando TEM) e ainda prestar atenção no trânsito! Não é o máximo? A vantagem dos ônibus pequenos é que são mais rápidos e o motor é mais novo. Deve ser por isso o preço absurdo das passagens: R$3,20. Como se adiantasse ter alguma velocidade no trânsito de São Paulo.
Concluída a primeira etapa da maratona transporte público, chego ao metrô e me preparo para a segunda: a fila da bilheteria. Ai meu Deus, o que eu tô fazendo aqui? Passados alguns minutos consigo ser atendida pela única funcionária da bilheteria, que geralmente está com uma cara azeda e joga as moedas do troco com certa violência.
Consegui finalmente entrar no metrô, o próximo passo é encarar a estação da Sé! Esse é o lugar mágico que cura a carência e a solidão de qualquer um, não faltam pessoas por todos os lados e ao entrar no trem somos acolhidos com abraços e podemos sentir o verdadeiro calor humano! De pensar que gastei suados R$2.65 num bilhete de metrô que já custou R$2,55, R$2,40... Até quando será que vai aumentar?
O melhor é ouvir ainda que devemos priorizar o transporte coletivo para melhorar o trânsito e diminuir os impactos ambientais. São nessas horas que, por mais que pese minha consciência ecológica, sou obrigada a pensar: Dane-se o meio ambiente, vou é de CARRO! E é por isso e por muito mais que meu coração dói tanto a cada moeda que coloco na mão do cobrador de ônibus ou da moça de cara azeda.
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3 comentários:

Contos e Fatos disse...

A-D-O-R-E-I....já disse que vc me enche de orgulho?

Bjuu Diva....

Anônimo disse...

Num gostou?? Ande a pé!!! hehehehehehe
Pois é....bem vinda ao meu mundo (por enquanto).

Bjooosss

Roberta Scheer disse...

hauahu olha esse del

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