E em uma das tardes ociosas de julho, achei esse poema que me fez ficar ainda mais apaixonada por ele!
Minha mente é tomada de assalto:
ouço essa África, que não pede licença
Pra me dizer o que pensa.
Que me faz ir de um só salto,
Da savana mais densa,
À casa que está longe, imensa...
morada que permanece propensa
À saudade que me é lançada.
Meu sono raro traz a infância bem guardada,
O carro velho e branco
Que pegava só no tranco,
A namorada antiga, que só existe num vão pranto,
Os amigos que se foram,
Cada um para o seu canto
- desde o antigo, que está morto
Ao mais velho, que é algum outro.
Misturam-se as sensações se tendo o novo e o velho à vista
- ainda que do novo tudo se atiça,
E do velho muito se saúda.
Corre, absurda, uma lembrança obscura,
Uma sensação de que tudo se fora,
Uma vista que fica, então, turva,
O rememorar à partir de uma uva,
Sorvida com álcool na taça miúda.
A cada noite de Bossa uma sensação nova,
Constrastando com a euforia do atleta,
Do grito guardado de Hexa!
- da vontade de cobrir uma festa;
A alegria da experiência tão nossa.
Os contatos,
Os gostos na boca,
Os sons de euforia!
Os abraços, os povos nas roupas,
Culturas em harmonia.
Bandeiras de países diversos
Mesclados aos versos
De hinos orgulhosos.
Pensamentos perversos,
Sentimentos imersos Em momentos proveitosos.
No meio da euforia popular perde-se o indivíduo.
E eu resgato o meu comigo,
Na vontade de voltar e no estar aqui fundido.
Hj eu não sou só eu, sou um planeta.
Hj eu não sou planeta coisa nenhuma.
Eu e o RafaeL somos uma coisa única.
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