Chove chuva
Vem escorrer sobre meu telhadoEncontre abrigo na janela do meu quarto bagunçado
E leve com você os infortúnios do passado
Chuva fria, chuva boa
Cai com simpatia e me deixa à toa
Chuva gostosa
Canta baixinho e harmoniosa
O que chove?
Chove uma torrente de pensamentos
Precipitados, insensatos, em desajeitado movimento
Chove tédio de sexta. Chove pelas frestas
Então vem, chuva
Condense as impurezas do meu ar
E a primavera venha saudar com seu doce manjar
Chove chuva
Vem regar a madrugada, invadir minha sacada, atiçar meu sono
Trazer malemolência, cuidar da carência
Esbanjar seu entono
Para depois partir enfim. Simples assim.
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