Ela bate na janela
Atiça meu sono, me adormece, apetece
O som da chuva me é um deleite
Assim dizem os outros da "elite"
Do outro lado da cidade ela é antipática
Por vezes assassina
Chove grosseira e torrencialmente
Lava a rua.
Leva carro, casa, leva gente.
Em todos os canais já é notícia
o caos da cidade de pouca milícia
A tempestade que vem aos solavancos
Traz enchentes, desfaz barrancos
Leva gente.
Avassaladora, rende o pobre homem
Em especial o ribeirinho
Poe a vida por um fio
Segue seu trágico descaminho. São Paulo, Rio.
Sem pudor ou razão
Faz do choro o som das chuvas de verão
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