Espaireça

Teresa, você é a coisa mais bonita que eu vi até hoje na minha
vida, inclusive o porquinho-da-índia que
me deram quando eu tinha seis anos.

Manuel Bandeira




Cultura inútil é fundamental!

quarta-feira, 31 de março de 2010

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Salve Salve críticos de plantão!


Há quem diga que é futilidade, que é apenas um ideal consumista ou uma busca incessante por status e fama. Há quem diga que Pedro Bial perdeu sua credibilidade como jornalista e não é mais o intelectual que cobriu a queda do muro de Berlim e a guerra do Golfo. Há os que dizem ainda que o Big Brother Brasil é fonte de ignorância, fofoca e sacanagem para o público iletrado e sem cultura.

Esse discurso “intelectual” é chato ein! Tornou-se moda falar mal do programa e os que não assistem são os letrados inteligentes que valorizam seu tempo. Será? Será que esse tsunami de críticas ao BBB não é certo censo comum dentro do suposto mundo dos intelectuais? BBB é banal, sem conteúdo e só “emburrece” a sociedade brasileira, segundo os críticos de plantão. Mas bateu o recorde mundial de reality shows com 155 milhões de votos. Realmente, o BBB não é o programa de televisão mais enriquecedor do mundo, porém não nos impede de ler um bom livro, assistir a um bom filme ou ir ao teatro. A falha na educação e a falta de cultura de grande parte dos brasileiros é um BIG problema, mas vêm de outras questões bem mais complexas, viu BROTHERS do BRASIL?

Tudo bem, ele tem lá suas futilidades e baixarias, até ai, não fica atrás de grande parte dos programas da televisão brasileira que movem a sociedade. E não se pode deixar de considerar que é o programa de maior audiência da rede globo, está diariamente nas páginas dos maiores jornais do país e é assunto de atualidade SIM! Por mais que isso cause muita dor no coração do público erudito.

E qual o problema de gostar de futilidades? Desde que não se torne uma prática constante, acho super saudável termos aqueles clássicos momentos de folga para fazer coisas inúteis, ficar na frente do computador, e até mesmo assistir Big Brother, por que não? Após um dia intenso de trabalho e estudo, qual o problema em ver umas baboseiras na TV? Acredito que há momentos de estudo, trabalho, cultura e formação intelectual, mas há outros que podemos muito bem destinar ao ócio e algumas futilidades, cultura inútil é fundamental para espairecer, entreter e não torna ninguém fútil não.

E se tratando do Pedro Bial, para mim ele continua um jornalista conceituado, autor de textos invejáveis e um cara que inspira futuros jornalistas, como eu. Assistir BBB, além de ser uma questão de opinião e gosto, não tem absolutamente nada a ver com o nível intelectual e cultural dos telespectadores. Essas duas coisas não são mutuamente excludentes e essa associação é um julgamento um tanto quanto simplista, uma generalização. E acho que toda generalização tem um pouco de preconceito, e todo preconceito é fruto de ignorância.


Eu gosto sim, e daí?
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Adeus 19!

quinta-feira, 4 de março de 2010




É, o tempo passa rápido! Não há data melhor para se dar conta disso que aniversários. Engraçado. Cada ano que completamos é uma comemoração, festa,  presentes, bolo, doces, etc.. Começam a chegar milhões de mensagens de "parabéns", " Tudo de bom!" , "Deus abençõe ", ganhamos parabéns até do ORKUT!  Mas essa é a data em que ficamos mais velhos, consequentemente temos menos tempo de vida, chegamos mais perto da velhice, das rugas e de muitas limitações. IDADE é a única coisa que temos a certeza de ganhar de aniversário, querendo ou não. E ainda comemoramos? Vai entender.  
Às vezes me pergunto se fazer mais um ano de vida é mesmo digno de tanta euforia ou se é apenas mais um dos padrões criados por nós, sociedade. Afinal, estamos ganhando ou perdendo um ano?
Esse foi meu último dia de garota de 19 anos, a partir de amanhã serei uma de 20. Meu Deeeeuss!  
Apesar de tudo, amanhã vou comemorar com as pessoas queridas, comer bolo, ganhar presente e muitos beijos. Óbvio que não acharei nada ruim e no fundo, será um dia especial, em que poderei fazer um pedido (ou vários) e dizer: " Hoje é meu dia!".  





Corrida para o Oeste

segunda-feira, 1 de março de 2010

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Muito antes do advento das grandes navegações, já havia fortes contatos entre a Europa e o Oriente. Graças às especiarias fundamentais para o comércio, países como China e Índia eram extremamente valorizados e necessários para o desenvolvimento do capitalismo ocidental. A tão famosa globalização nasceu a partir do comércio ultramarino que expandiu os horizontes do homem e o colocou diante de diversas outras culturas e etnias.



Enquanto no século XV o Oriente era muito mais valorizado pelo Ocidente, devido a interesses econômicos, hoje essa situação se inverteu nos aspectos culturais e étnicos, já que os olhos grandes e o tom de pele mais claro se tornaram padrões de beleza almejados por mulheres de olhos puxados ou pele negra.



A cultura norte-americana foi forte e rapidamente disseminada no contexto da guerra fria com o intuito de consolidar sua hegemonia mundial. Ao verem os “traços perfeitos” das lindas mocinhas nos filmes hollywoodianos ou nos clipes da madona, chinesas, japonesas e africanas se submetem a arriscadas e dolorosas cirurgias plásticas para remodelar o rosto, ficarem meros 10 centímetros mais altas ou branquearem seu tom de pele, como é o caso de 67% das senegalesas.



Daí percebe-se a tamanha influência da mídia nos padrões de beleza mundiais. A obsessão das africanas e asiáticas para copiar os traços ocidentais evidencia um complexo de inferioridade e perda da identidade. É indiscutível que os efeitos da globalização repercutem positivamente no intercâmbio de culturas, mas é exagero que se ponha a vida em risco apenas para seguir algo tão efêmero.



As fronteiras geográficas foram transpostas e os “muros de Berlim” foram derrubados. Além das fronteiras concretas, há também grande dedicação para ultrapassar as fronteiras biológicas em função do suposto triunfo social garantido pelo grau de beleza. Essa idéia medíocre pode ameaçar a identidade das nações, acabar com o mundo multifacetado, criando pessoas iguais, monótonas e sem graça.

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