Espaireça

Teresa, você é a coisa mais bonita que eu vi até hoje na minha
vida, inclusive o porquinho-da-índia que
me deram quando eu tinha seis anos.

Manuel Bandeira




20 motivos para se casar com um(a) jornalista- Ariane Souza

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

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1. Jornalista geralmente é criativo, ele vai surpreender você quando menos esperar;
2. Eles não ganham bem, mas isso é bom porque vocês podem aprender a economizar dinheiro;

3. No Natal, Ano Novo, Carnaval… eles provavelmente estarão na redação. Mas, pense pelo lado positivo: antes trabalhando do que vagabundando;
4. Acostumados com pautas, são bem organizados e planejam bem as coisas antes de fazê-las;

5. Como vivem numa rotina corrida, não tem muito tempo para opinar nas coisas da casa. O que você fizer, ele vai achar lindo;

6. Tudo é um grande brainstorm (tempestade de idéias). Monotonia não vai entrar na sua casa!;

7. Quando vocês brigarem, ele não vai achar que a opinião dele é a melhor. Tem que ouvir todos os lados de um fato, ele saberá analisar a situação!

8. Em coberturas de grandes eventos, você poderá entrar de gaiato. Cada final de semana em um lugar diferente: jogos de futebol, avenida de escola de samba, lançamento de livros…;

9. Idolatram pessoas totalmente desconhecidas (o seu Zé, a Dona Maria, o Juquinha…) Todos com ótimas histórias de vida que vocês podem usar no cotidiano também para se tornarem pessoas melhores!;
10. Não vai faltar café na sua casa. Café e jornalista são praticamente sinônimos;

11. Ele pode escrever os votos matrimoniais da sua irmã, criar o conteúdo do site de negócios do seu pai, ensinar sua mãe a tirar fotos das amigas nos eventos do bairro. Ele aprende de tudo um pouco e gosta de compartilhar!;

12. Tudo para o jornalista tem uma explicação. Eles nunca vão se contentar com a primeira versão de um fato. Você sempre terá uma resposta, mesmo que demore

13. São ótimos investigadores. Se alguém no trabalho passar a perna em você, rapidinho ele descobre quem é!;

14. Como trabalham muito, não tem tempo para beber demais, fumar, se envolver com drogas… Você terá um companheiro saudável
15. Suas viagens nunca serão monótonas! Se acontecer qualquer movimento estranho, ele vai logo querer saber o que é e infiltrará você junto para desvendar o problema;

16. Amam roupas leves e simples no dia a dia. Você não vai gastar muito dinheiro com isso;

17. Mas também sabem se arrumar bonitinhos para os eventos. Você terá um parceiro que sabe ser simples, mas também sabe arrasar. Tudo vai depender da ocasião;( ô)
18. Acham que podem salvar o mundo com uma matéria. Olha que sensibilidade!;

19. Eles sempre sabem tudo todo o tempo;

20. Gostam de música para acalmar;

De tudo um pouco

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Tudo é massa

Toda dor passa

Todo mundo mente

Nem tudo é coerente

Nem evidente

Nem todos abrem a mente

Toda manicure tira bife

Todo homem é um pouco patife

Toda folha cai

Nem todo mundo atrai

Nem todo mundo trai

Toda mãe ama

Toda filha reclama

Todo namorado faz drama

Todo bêbado faz cena

Tudo vale a pena quando a alma não é pequena

Todo dia chove

Todo mundo teve dezenove

Todo mundo engorda

Todo mundo come pela borda

Todo mundo tem um lado louco

Nem tudo é fácil assim

Nem tudo é impossível

Nem tudo precisa ser tão sofrível

A vida, apesar de tudo, é incrível

De tudo o que é bom

De tudo o que é ruim

De tudo fica um pouco.
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Pretérito imperfeito

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010


Foi se o tempo quando o pão francês era 10 centavos, quando se podia sair com apenas meia hora de antecedência para a escola, foi se o tempo da enciclopédia Barsa, do esconde-esconde na rua, do castelo Rá-tim-bum e Chaves.
Nem parece que passou tanto tempo assim, da época que é tão enaltecida depois que passa, da melhor fase da vida segundo muitos: a infância. Lembro-me, como se fosse hoje, de chegar da escola e assistir Tom e Jerry e Pica-Pau enquanto esperava pelo almoço na casa da vó. Parece que ainda ouço a velhinha gritando “Deixa a televisão e vem almoçar, menina!”. Nem sou tão velha assim vai... Quem tem 19 anos está apenas no começo de uma longa vida, ainda tem muito tempo para viver, ser feliz, fazer cagada, sofrer, chorar, se arrepender, se apaixonar, desapaixonar e muito mais...
Mesmo nesse momento nostalgia, chego à conclusão de que a saudade que mais dói é aquela que se tem do que não aconteceu, do sonho que estava a um passo de nós, mas continuou sendo apenas sonho. Aí vem a tortura do arrependimento... Se eu pudesse voltar pelo menos 6 meses! O que eu poderia ter feito diferente, ou melhor? Ah se eu tivesse esperado 5 minutos...
Já que não dá para voltar no tempo e não adianta remoer e contorcer o que aconteceu (ou que não aconteceu), se contorcer e se remoer, talvez o lance da vida seja cavar um buraco gigante, enterrar os escombros do passado, passar uma argamassa em cima e começar a construir tudo de novo. O negócio é dar um jeito e aprender (nem que seja na marra) a ser feliz com o que  se tem. E agora. Ao invés de esperar a felicidade chegar um dia... Logo logo sou eu que vou gritar “Deixa a televisão e vem almoçar!” .
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Desabafo in english

sábado, 16 de janeiro de 2010


Yeahhh.. thats what you see.. i decided to write in English. First: cause i'm bored, its saturday night, i got nothing to do, nowhere to go and dont feel like going to bed. Second: cause i need to practise a little bit. And third: cause i wanted.

Actually, a third reason could be the fact that i feel more comfortable to express myself in English, dont ask me why. Its been 17 days that we started a new year... I hope, for God sake, that this will be better than that past one, which i wanna forget... Anyways, in 17 days so many things have already happened, bad things, some tragedies, i could write about what people talk the most: Haiti, Angra, the program of human rights, but i'll discuss about my most recent digressions: what gets in and out of us. I'll explain: Money is good right? Its SO hard to get money in our account, but its SO easy to make it go out. Calories are exactly the opposite: They are terrible, and its SO easy to gain a big chunk of fat, but SO hard to loose miserables 200 calories! Incredible! And Unfair man... At least the nature could have been a little cooler whit me, allowing me to have the pleasure to eat what i love and still be skinny.


This is one of the questions that will never stop screaming inside my head: Why good things are SO hard to get and so easy to loose? And bad things come so easily but we need to sweat to get rid of? Why things cant end up good for everybody? What makes a person to be in love with another who is 170 km away for more than 6 months? Or work so hard for so long to reach a goal, and fail? Why do i regret so many things and can't get back in time? Why is he so beautiful?
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If at least tears could solve something...

I know i'm being so fucking selfish. I keep thinking about myself while Porto Principe in under wreckage, people dying, children crying, starving, desperate, they really have reason to cry, i should be ashamed of complaining about my good life, but i still do.
Of course, whoever is reading this (i think nobody) dont need to even try to answer this questions. I hope next year i can write another text with all the answers, propably there will be even more doubts, maybe thats what life is for: to ask and answer, to know myself better each day and find solutions, or not. I'm kinda mad at God lately, but i still trust Him, He'll help me i guess. To everybody a good 2010!
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Liberdade é um jeans velho e desbotado

domingo, 22 de novembro de 2009

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Notavelmente nós, humanos, vivemos no embate razão- emoção e temos a dura missão de intermediar esse conflito. Um dos exemplos mais nítidos dessa guerra seria um vestibular. Num domingo insuportavelmente quente, a única vontade que dá é de ficar na piscina o dia todo, de preferência tomando uma “breja” gelada e ouvindo um samba na companhia dos amigos.
Mas não é bem assim que acontece com um pobre vestibulando. Na hora em que o sol está queimando as costas do pessoal na piscina, estamos sentados numa cadeira dura acompanhados de uma prova de 90 questões que falam desde a Antiguidade Clássica até pilha e campo magnético. É nessa hora que começa a grande guerra. A emoção começa a gritar, e pede pra que eu jogue aquela pilha de papel pela janela e saia correndo. Mas é a razão quem, quase sempre, ganha. O que fazer? “Senta e chora”? Não. Respirar fundo, contar até dez e começar.
Parece que estou indo bem, que bom! Lá pelas tantas aparece aquela questão que eu não faço a MENOR idéia de como fazer. A emoção está falando alto, mas perde de novo. E agora? Respira fundo, engole o choro e pau na máquina!
“Quem sente pára”. Até Fernando Pessoa disse isso em uma de suas grandes poesias. Até na poesia, onde há espaço para a manifestação dos sentimentos e dos desejos pessoais reprimidos, o raciocínio lógico e frio muitas vezes ganha a guerra.
Mas isso não deveria ser algo tão difícil de lidar, deveríamos estar acostumados e dar a guerra por vencida, reconhecendo a razão como vencedora. Afinal, somos a sociedade pós-industrial, vivemos na era da máquina, da velocidade, da competição e dos descartáveis. Sendo assim, aqueles que dão muita voz a desejos pessoais em detrimento do pensamento racional são fácil e rapidamente substituídos, descartados como uma garrafa pet. Triste não? É, mas não há tempo para chorar.
Até aqui, talvez eu pareça uma mal amada insensível. Não sou não, mas infelizmente não posso satisfazer meus desejos sempre, e isso me irrita bastante. Dá uma vontade louca de largar a prova no meio e pular na piscina, de dar um soco no DVD que não funciona direito, de pôr o carro na estrada e ir atrás de quem mora longe, entre outras coisas. Mas na maioria das vezes o que eu e todos fazemos é reprimir as vontades, manter a compostura, e continuar as obrigações. Assim até parece que nos, humanos, passamos a ser unidimensionais, dotados apenas de razão.
A ruptura mais nítida dessa dicotomia razão-emoção se deu na época da contra cultura dos anos 60, quando os jovens se manifestavam contra a moderna sociedade industrial e o intenso racionalismo da época. Daí o movimento hippie, que incitou milhares de jovens a lutarem por liberdade, e por um mundo que fosse alternativo ao “sistema”. As drogas, aliás, serviam para atingir a transcendência material de que tanto falavam.
Claro que não estou pregando nada contra o racionalismo, muito menos a favor das drogas, apenas dizendo o quanto é difícil balancear nossas decisões levando em conta apenas um aspecto, norteados apenas por um lado do cérebro. O ideal seria o equilíbrio entre o racional e o emocional. Ainda assim imagino como seria adotar, ao menos por um dia, o pensamento dos jovens da década de 60.
Seria tão legal acordar um dia, olhar pela janela e pensar: “Que dia lindo! Hoje não vou trabalhar, vou dar uma volta no parque, ou quem sabe descer para a praia...”. Isso até poderia acontecer (quem sabe um dia eu faça isso), mas o peso na consciência tornaria aquele sol em imensas nuvens pretas e carregadas de culpa à medida que nos lembramos do dia perdido no trabalho, do relatório que era para ser entregue, daquela prova... Enfim, das coisas chatas que geralmente ocupam nosso cotidiano.
A vida é cheia de pedras no caminho mesmo né? E apesar de difícil, ela nos vai ensinando a lidar com essa guerra que todos temos que suportar. Apesar também do pensamento racional que predomina, ainda acredito que em um dia estressante, no meio do trânsito, podemos olhar para o céu, pensar na vida, viajar, falar com Deus, enfim, dar voz à emoção. Mesmo com tanta competição e corrupção, ainda acredito nas pessoas, na poesia, até no amor.
E quem sabe até mesmo, quando aparecer uma pedra no caminho, não possamos sentar em cima dela e chorar.

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Meaning

terça-feira, 4 de agosto de 2009

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http://www.youtube.com/watch?v=bAK4kI37nZM
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Já faz uns anos quando ouvi essa música pela primeira vez, mas me lembro como se fosse hoje. Lembro-me perfeitamente... Foi em meu ano de intercambio nos EUA, estávamos meu “irmão” e eu a caminho da escola, atrasados como de costume. As imagens são muito nítidas, devia ser outono, sei lá, sei que chovia bastante, estávamos em um carro branco velho, eu estava com frio e o aquecedor levava algum tempo para funcionar. Sempre fui de poucas palavras, e Nathan era esquisito, era legal, mas nunca conseguíamos bater um papo como eu fazia com os outros, de manhã então, o diálogo se limitava à: “Morning!... Morning.”

Aquela era uma manhã como todas as outras, ou pelo menos deveria ter sido, mas a guardo na memória desde então.
Em meio àquele marasmo matutino e chuvoso me surpreendi com aquele teclado e aquela voz... Surpreendi-me ainda com o fato de Nathan estar ouvindo aquela música, já que ele sempre ouvia suas coisas estranhas. Pareceu-me que ele havia feito uma exceção. A escola era aproximadamente 5 minutos de casa, então pude ouvir a música inteira.

E durante aqueles 3 minutos de música fui estranhamente feliz, fiquei imóvel, meus olhos fixavam apenas um ponto do pára-brisa, onde a chuva caia não com muita força, mas de um jeito que me fazia adorar aquele momento ainda mais. E ao mesmo tempo em que aquela sensação maravilhosa me tomava, eu temia que ele mudasse a música. Na verdade esse foi meu único pensamento naqueles breves momentos, eu esqueci o frio que sentia, esqueci que teria aula em poucos instantes, aquela harmonia perfeita de voz, teclado e chuva me causaram um tipo de êxtase que eu não queria que acabasse logo. Acho que foram os 3 minutos mais bem vividos do dia.

Depois daquele dia, passei a ouvir mil vezes por dia. Não sei bem até quando me lembrarei daquela manhã. Hoje tenho uma nova música favorita a que ouço mil vezes por dia, mas ainda quando me dou por escutar aquela, lembro da chuva batendo no pára-brisa do carro branco velho, e um esquisito ao meu lado.

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Sweet vacation

domingo, 12 de julho de 2009

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Tomorow i'm gonna wake up,
the sky is gonna be blue,
with the sun shinning through
.I'm gonna wake up
and i'm gonna feel fine
It's gonna sound like music
it's gonna smell like fresh coffe
and i'm gonna be free
La la la .....



Aeroportos

domingo, 14 de junho de 2009



Ontem fui ao aeroporto de Guarulhos, programação atípica para mim num sábado à noite. Adoro aeroportos, principalmente os internacionais, não sei bem o porquê, mas eles têm um clima que me contagia de uma forma simplesmente inexplicável! Não sei se são as pessoas que transitam elegantemente com suas bagagens, pessoas na maioria das vezes muito bonitas e estilosas, não sei se são as revistarias maravilhosas onde eu passaria horas, se são os quitutes dos cafés, típicos para os que estão à espera de um vôo,tomando um cappuccino enquanto lêem um livro ou jornal (meu sonho), ou se é minha tremenda paixão por viagens, principalmente internacinais.
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Mas o que mais me chama a atenção é o fato de ser um lugar muito paradoxal, e até engraçado. É um lugar onde as pessoas geralmente choram, ou ficam muito felizes, dependendo do andar em que estão. Subindo a escada rolante estão as tabelas dos vôos de partida, muitas lojas caras e comidas interessantes, pessoas fazendo check-in e despachando malas, se preparando para os departures. Mas logo logo estão essas mesmas pessoas na fila dos portões de embarque despedindo-se de seus familiares, amigos, amores, tirando fotos, abraçando, beijando, e muitas vezes chorando. Algumas despedidas são tranquilas, outras muito dolorosas, mas são sempre despedidas.
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Descendo a escada rolante estão os painéis com os arrivals, os portões de desembarque e pessoas esperando ansciosamente. A cada abertura automática de porta (maldita porta, era melhor que não houvesse porta alguma), arregalam-se os olhos, esticam-se os pescoços na vibrante expectativa de ver alguém querido, mas logo há uma expressão de decepção ao ver que o viajante que passa pela porta não é o esperado. É uma sensação boa e ruim ao mesmo tempo, estranho, mas compreensível, já que aeroporto é o lar dos paradoxos. E essa cena se passa repetidas vezes, até que finalmente a porta se abre e a gente avista o rosto mais esperado do dia, nessa hora não se sabe bem o que fazer, se é melhor esperar que ela chegue até você, mantendo a classe, ou sair correndo de encontro a ela pensando " dane-se a classe, minha amiga chegou!!". Eu optei pela segunda.
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Aeroporto é, além de um lugar de sensações contraditórias, um lugar de lembranças, alguns lembram coisas boas, outros, sempre lembrarão coisas ruins, como os parentes das vítimas do Air France. Para eles, infelizmente, aeroportos sempre lembrarão o ultimo abraço, o último beijo. Deixando as tragédias de lado... Engraçado um lugar onde reina a alegria, euforia, a tristeza e o choro ao mesmo tempo. Um lugar onde se ri e se chora ao mesmo tempo.
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Dessa vez eu fui para rir.
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Look at this photograph...

sábado, 6 de junho de 2009

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Look at this photograph
Everytime I do it makes me laugh
How did our eyes get so red
And what the hell is on Karin's head
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And this is where I grew up
I think the present owner fixed it up
I never knew we'd ever went without
The second floor is hard for sneaking out
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Every memory of looking out the back door
I had the photo album spread out on my bedroom floor
It's hard to say it, time to say it
Goodbye, goodbye
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Every memory of walking out the front door
I found the photo of the friend that I was looking for
It's hard to say it, time to say it
Goodbye, goodbye
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I miss that town
I miss the faces
You can't erase
You can't replace it
I miss it now
I can't believe it
So hard to stay
Too hard to leave it
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If I could relive those days
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Nickelback-Photograph
(adaptada)


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