Espaireça

Teresa, você é a coisa mais bonita que eu vi até hoje na minha
vida, inclusive o porquinho-da-índia que
me deram quando eu tinha seis anos.

Manuel Bandeira




Difícil verdade ou triste realidade?

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008



Há muito tempo estava procurando algo para escrever, mas nenhuma idéia me vinha à cabeça, escrevi algumas coisas, mas nunca terminava e acabava abandonando. Acho que agora vai...
Fui ao cinema, bem no natal, depois da festa, da comilança, dos presentes, dos beijos e abraços, a noite do dia 25 se torna um pouco vazia eu acho. A comida se foi, a expectativa para o natal era tanta que se acabou, acho que todos os dias poderiam ser tão... “mágicos” quanto. Mas realmente não dá, se fosse assim, o dia 25 não seria NATAL (Óooo). Larguei um pouco os livros em casa, depois penso em vestibular, segunda fase, amanhã eu estudo...
Mas hoje eu vou falar de cinema, dessa poderosa arte de transformar uma grande sala em uma pequena fresta para as mais belas sensações, imaginações e emoções. Quebram-se todas as barreiras reais, abre-se espaço para as realizações mais malucas possíveis e imagináveis (literalmente). Transformam-se brutalmente algumas imagens formadas que temos de algo (isso pode ser bom ou ruim), e aquilo que um dia foi assombroso se torna apaixonante, o que poderia ser impossível se torna mais palpável do que nunca.
Vampiros, por exemplo: apenas uma das imagens mais macabras que tenho. Claro, esse personagem da literatura de horror causa pânico em qualquer humano que imagine dois caninos gigantes fincados no pescoço, a imagem de uma pessoa sombria desaparecendo na névoa realmente é algo de se temer, mesmo pertencendo apenas ao mundo da ficção. Mas diante daquela super tela de cinema, ele aparece da forma mais doce e formosa, dando uma mega rasteira na visão estereotipada que temos desses “monstros”.
Será possível um deles se apaixonar perdidamente... A ponto de lutar contra seu próprio instinto para não sugar o sangue de sua amada, como fez Edward Cullen? Sim, seria. Uma figura lindamente misteriosa e temperamental parece encontrar em Bella Swan uma razão de viver, muito mais forte que o louco desejo por seu sangue. Seu olhar fixo e sedutor prende a atenção de qualquer garota que sonha com o príncipe encantado contemporâneo (ainda que morto-vivo). Assim desencadeia-se uma fascinante paixão, praticamente à primeira vista, mas que foge a alguns clichês tipicamente românticos.
Qualquer jovem garota facilmente se apaixonaria por Edward, pelos olhos mais envolventes que os olhos de ressaca de Capitu, capazes de tragar com força infinitamente maior que aquela que tomou Bentinho. Com sua personalidade reservada, seu gênio frio, um pouco orgulhoso, Bella não sabia de muitas coisas, mas de três estava convicta: A primeira, Edward era um vampiro. A segunda, havia uma parte dele, e não sabia que poder essa parte teria, que tinha sede do seu sangue. E a terceira, estava incondicional e irrevogavelmente apaixonada por ele. Toda aquela força tinha se dissipado em sensibilidade e paixão.

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O clima lúgubre se inicia com a chuvosa e fria cidade de Forks, onde o tédio aparentemente impera, mas a natureza se revela renovadora mesmo sob um céu nebuloso, criando a mais bela paisagem que oscila entre o romântico e o sombrio.
O amor proibido entre um vampiro cativante e uma mortal introspectiva se mostra mais real do que nunca e aflora a imaginação e curiosidade do publico, formado em 75% por mulheres (Por que será?). O encontro do casal protagonista se faz entre a repulsa e um intenso envolvimento, já que ambos são fortemente atraídos (ele não tem mais força para ficar longe dela), mas sentem que algo os impede que fiquem juntos. Outra estória de amor, mais ou menos um Romeu e Julieta ala Frankenstein, misturando o amor platônico e intransponível do primeiro com um pouco do clima de terror do segundo, tendo ainda uma pitada de ações sobrenaturais de Smallville, numa mágica mescla de romance, terror e fantasia.

Muitos críticos afirmam que o filme não é muito fiel à obra de Stephenie Meyer, na qual o filme foi baseado, que inclusive chegou a 5º lugar na lista de Best-sellers do The New York Times e foi traduzida para mais de 20 línguas, resumindo: a sensação do momento. É normal que haja discrepância entre o enredo escrito e o cinematografado. Claro... compactar quase 400 páginas em 2 horas não deve ter sido uma tarefa fácil para Catherine Hardwicke. Mas prefiro ler o livro antes de tecer comentários descabidos, assim que ler terei mais o que falar eu acho.


Esse romance causa um forte envolvimento com os leitores ou telespectadores, pois aborda o mito dos vampiros de forma inédita, muito diferente das crônicas vampirescas tradicionais, como o assustador Drácula; além de retratar a paixão incondicional tanto no viés romântico quanto no trágico, aproximando sutilmente o amor e o medo. Está explicado o sucesso absoluto da saga.
A cena que quase encerrou o filme foi a que mais chamou a atenção, já que é típica dos filmes convencionais e geralmente a mais temida: quando o monstro feio está prestes a abocanhar o pescoço da mocinha e transformá-la numa sanguessuga. Mas essa foi completamente diferente... O que seria medonho e trágico se transformou sonhador e mágico. É algo entre a loucura e o romântico, os dois juntos talvez, inenarrável seria a melhor descrição para a cena.


Mas logo se acenderam as luzes, o filme acabou e deixou a triste sensação de que as barreiras foram reerguidas, a realidade voltou e toda a magia se acabou. Como a realidade é decepcionante às vezes... Saímos da sala sonhando em dar de cara com aquele cara maravilhoso, nem que seja um vampiro (bonzinho, claro), desde que tenha os olhos tão lindos como os dele. Em contrapartida só o que vemos são os manos com olhos perversos secando dos pés à cabeça as pobres meninas indefesas. Outros, mais nó cegos, até batem o carro na guia por desviarem a atenção do transito só para dar uma piscadinha ridícula (por mais incrivel e tosco que pareça...sim, isso aconteceu, rs). E as responsabilidades, os problemas, que por algum momento foram esquecidos voltam a atormentar... lembrei do que ainda preciso estudar e da minha prova em janeiro. =/
Ah, que chato! O que era doce se acabou, as personagens super veneradas por alguns não mais existem, Edward e Bella nunca existiram e passam a ser simplesmente Robert Pattinson e Kristen Stewart, atores, estrelas de Hollywood, ainda absolutamente lindos, mas meros mortais que distribuem autógrafos e dão breves entrevistas.
Quando a realidade volta à tona, caímos do cavalo, após algumas horas de encanto e ficção não vemos mais a paisagem vibrante do filme, assistimos apenas aos retrospectos do ano pela televisão, muitos bem trágicos. Fazer o que? Esse é o mundo onde vivemos, tem suas grandezas, obviamente, mas nem sempre é tão legal quanto as histórias surreais, em que o bem na maior parte das vezes suprime o mal e todos vivem felizes para sempre. O importante é achar um final feliz no meio dos percalços da vida, ainda que não seja dançando nos braços de um lindo homem com olhos de vampiro dissimulado.





Crepúsculo, super recomendo

8 comentários:

Lucas disse...

Parabens, a você analisou perfeitamente a mensagem do filme, e tudo que a historia foi passada, só toma cuidado...
Pois mais uma vez a imagem do que é mal está caindo e as pessoas estão cada vez aceitando que tudo tem seu lado bom....
O filme tem uma historia muito bom, mas a imagem do que é mal está se distorcendo....

ISSO É UM GRANDE PERIGO PRA HUMANIDADE!

Lucas disse...

paro de escrever?!?!?!??!?!


tem certeza que vai ser jornalista assim????

Unknown disse...

hahaha Lucas seu mongoo!

e vc ja leu todos os textos? aposto que não!
eu não vou ser jornalista se não passar no vestibular, por isso que eu parei de escrever, a partir do dia 15 de jan eu posto um texto por dia se vc quiser ta?! rs
bjss ;)

Lucas disse...

passou o dia 5, não vi nenhum texto novo....
e eu já li todos sim....
quer provar????

Unknown disse...

tá tá tá! hehe
e não era dia 5, era dia 15!!

Lucas disse...

chata.... bom, do mesmo jeito passou dez dias e vc não escreveu um texto... alias, só colocou uma desculpa estranha.....
sabe o ue eu acho que vc ta precisando de um namorado pra te inspirar hauhauhauauahuahau

Unknown disse...

E vc precisa de uma namorada pra atormentar e me deixar em paz!! kkkkk

Lucas disse...

arranja uma pra mim.... que eu paro de te encher
os dois saem ganhando

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