Espaireça

Teresa, você é a coisa mais bonita que eu vi até hoje na minha
vida, inclusive o porquinho-da-índia que
me deram quando eu tinha seis anos.

Manuel Bandeira




Soneto de aniversário

quinta-feira, 5 de março de 2009

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Passem-se dias, horas, meses, anos
Amadureçam as ilusões da vida
Prossiga ela sempre dividida
Entre compensações e desenganos.
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Faça-se a carne mais envilecida
Diminuam os bens, cresçam os danos
Vença o ideal de andar caminhos planos
Melhor que levar tudo de vencida.
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Queira-se antes ventura que aventura
À medida que a têmpora embranquece
E fica tenra a fibra que era dura.
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E eu te direi: amiga minha, esquece...
Que grande é este amor meu de criatura
Que vê envelhecer e não envelhece.
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Vinícius de Morais

Andar solitário entre a gente

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

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Que não seja imortal, posto que é chama....
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Estar de férias é ótimo, surge uma sensação de liberdade, descarrego, dá uma vontade enorme de fazer milhões de coisas ao mesmo tempo, tudo aquilo que foi adiado, ou cancelado por causa das obrigações do dia-a-dia. É o momento em que todas as preocupações são esquecidas, ainda que por um curto período, e só no que pensamos é diversão, lazer e tudo o que há de bom. Mas chega uma hora que o tédio toma conta e começa a reinar nas tardes vazias, parece que tudo já foi feito, não há mais para onde ir e nem a quem recorrer, então o indivíduo tem que apelar para modos mais simples de entretenimento, a televisão por exemplo. Foi o que aconteceu comigo um dia desses, após muita diversão e praia, me deparei deitada no sofá passando por todos os canais possíveis, procurando com impaciência por algo que me chamasse à atenção, parece que até a TV conspirava contra mim.
Até que numa bela tarde solitária entrei em uma maratona de filmes, todos pegos na metade, nenhum inédito para mim, o primeiro deles: Hitch, o conselheiro amoroso, logo após, Cidade dos anjos, Vestida para casar, The Notebook, Mensagem para você, e para fechar com chave de ouro, PS: eu te amo. Foi uma tarde super fofa, lotada de filmes românticos, piegas e melosos, porém muito diferentes uns dos outros, cada um com sua particularidade e charme.
A irreverência de Hitch me fez rir e admirar um cara divertido e atrapalhado como ele, e vi que o amor é tão atrapalhado quanto. Em Cidade dos anjos me impressionou o amor platônico e incondicional que surge de repente em alguém a ponto de abrir mão da imortalidade e condição “divina” para viver tão brevemente como um pobre mortal apaixonado. Qualquer mulher, principalmente as mais idealistas e românticas sonha com o príncipe encantado e perfeito, às vezes já até o encontrou, mas nem imagina que ele seja aquele cara irritante com quem vive discutindo, é isso que mostra o filme Vestida para casar, em que um jornalista gato faz o papel do príncipe oculto que só se manifesta no fim do filme, claro. E o destino prevalece sobre qualquer condição, distância ou tempo em: The Notebook. O mais próximo da realidade acho que é  Mensagem para você, e o mais sem graça também, as trocas de emails que ocupam quase o filme inteiro não são nenhuma novidade ou algo muito emocionante, não assisti até o final, mas não é tão difícil de prevê-lo.
Nota-se que o amor é o grande protagonista de todos esses filmes, e que mesmo após muitas reviravoltas, momentos tensos de dúvida sobre o final do mocinho e da mocinha, tudo acaba da forma mais esperada pelos telespectadores (pelo menos na maioria das vezes), uma exceção seria PS: Eu te amo, já que se mostra a dor à qual todos estão sujeitos ao perder um grande amor, principalmente de uma forma tão trágica, esse é triste, mas recomendo. Enfim, todos se tratam desse sentimento inevitável e inexplicável, que predomina também no livro: Eclipse, continuação de Crepúsculo e Lua nova.
Considerando que a vida em geral pode também ser um longo filme ou livro, as confusões de amor são muito freqüentes, fazem do tema um grande jogo, cujo fim é muito difícil de prever, todos almejam um final feliz, claro, mas algumas vezes alguém sai perdendo, infelizmente. É como um difícil quebra-cabeça em que sempre sobra uma peça, às vezes sobram duas, ou mais, mas elas não se encaixam, parece injusto... Paciência! É inútil tentar entender o que nos faz gostar desse ou daquele, será sempre um mistério, já que o coração tem razões que a própria razão desconhece, são os "dogmas" do amor. Seja ficção ou realidade, o desencadeamento de paixões ocorre quando menos se espera, é simplesmente inevitável, inenarrável, e a paixão que se nutre por um anjo, vampiro, ou humano simplesmente, parece ter a mesma intensidade.
O sonho de um dia encontrar a metade da laranja, a tampa da panela, ou alma gêmea ainda permeia na cabeça de muitos, e essas expressões bregas que definem a pessoa “perfeita” são a prova de que o amor idealizado e utópico é tão brega quanto. Ninguém é perfeito pra ninguém, basta ter paixão suficiente. Toda panela nova se encaixa com perfeição na tampa, mas com o tempo, principalmente se não for muito bem cuidada ela vai se desgastando, ganha um amasso ou perde o cabo, e aí tampar a panela fica mais difícil. Talvez a questão não seja ser panela ou ser tampa, mas sim saber cozinhar, desse modo não se precisa de panelas que sirvam perfeitamente em suas tampas para que a comida fique boa.
Assim como nos livros, novelas e filmes de finais felizes em que, após a turbulência, todos acabam bem, e por fim encontrando suas “caras metades”, acredito que alguma hora, uns mais cedo outros mais tarde, todos acabam com a pessoa esperada (ou com a inesperada), que faz o coração bater mais forte e tira o fôlego, uns se casam, outros não, uns ficam juntos para sempre, outros não....
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...mas que seja infinito enquanto dure.
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First of the year

domingo, 25 de janeiro de 2009

Deitar na grama com camiseta branca
Olhar o céu nublado
Sentir a brisa no rosto
Ler o livro favorito até arder os olhos
Andar de meia pela casa inteira
Comer chocolate até desmaiar
Ouvir músicas antigas
Checar milhões de emails não lidos
Conversar com o mesmo amigo pelo MSN, Orkut e Blog ao mesmo tempo
Perder a noção do tempo
Esquecer que EXISTE celular
E uns dias na praia são muito bem vindos
Passar a tarde de domingo na casa da avó sem se preocupar com a maldita segunda feira!!

FÉRIAS!!

Difícil verdade ou triste realidade?

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008



Há muito tempo estava procurando algo para escrever, mas nenhuma idéia me vinha à cabeça, escrevi algumas coisas, mas nunca terminava e acabava abandonando. Acho que agora vai...
Fui ao cinema, bem no natal, depois da festa, da comilança, dos presentes, dos beijos e abraços, a noite do dia 25 se torna um pouco vazia eu acho. A comida se foi, a expectativa para o natal era tanta que se acabou, acho que todos os dias poderiam ser tão... “mágicos” quanto. Mas realmente não dá, se fosse assim, o dia 25 não seria NATAL (Óooo). Larguei um pouco os livros em casa, depois penso em vestibular, segunda fase, amanhã eu estudo...
Mas hoje eu vou falar de cinema, dessa poderosa arte de transformar uma grande sala em uma pequena fresta para as mais belas sensações, imaginações e emoções. Quebram-se todas as barreiras reais, abre-se espaço para as realizações mais malucas possíveis e imagináveis (literalmente). Transformam-se brutalmente algumas imagens formadas que temos de algo (isso pode ser bom ou ruim), e aquilo que um dia foi assombroso se torna apaixonante, o que poderia ser impossível se torna mais palpável do que nunca.
Vampiros, por exemplo: apenas uma das imagens mais macabras que tenho. Claro, esse personagem da literatura de horror causa pânico em qualquer humano que imagine dois caninos gigantes fincados no pescoço, a imagem de uma pessoa sombria desaparecendo na névoa realmente é algo de se temer, mesmo pertencendo apenas ao mundo da ficção. Mas diante daquela super tela de cinema, ele aparece da forma mais doce e formosa, dando uma mega rasteira na visão estereotipada que temos desses “monstros”.
Será possível um deles se apaixonar perdidamente... A ponto de lutar contra seu próprio instinto para não sugar o sangue de sua amada, como fez Edward Cullen? Sim, seria. Uma figura lindamente misteriosa e temperamental parece encontrar em Bella Swan uma razão de viver, muito mais forte que o louco desejo por seu sangue. Seu olhar fixo e sedutor prende a atenção de qualquer garota que sonha com o príncipe encantado contemporâneo (ainda que morto-vivo). Assim desencadeia-se uma fascinante paixão, praticamente à primeira vista, mas que foge a alguns clichês tipicamente românticos.
Qualquer jovem garota facilmente se apaixonaria por Edward, pelos olhos mais envolventes que os olhos de ressaca de Capitu, capazes de tragar com força infinitamente maior que aquela que tomou Bentinho. Com sua personalidade reservada, seu gênio frio, um pouco orgulhoso, Bella não sabia de muitas coisas, mas de três estava convicta: A primeira, Edward era um vampiro. A segunda, havia uma parte dele, e não sabia que poder essa parte teria, que tinha sede do seu sangue. E a terceira, estava incondicional e irrevogavelmente apaixonada por ele. Toda aquela força tinha se dissipado em sensibilidade e paixão.

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O clima lúgubre se inicia com a chuvosa e fria cidade de Forks, onde o tédio aparentemente impera, mas a natureza se revela renovadora mesmo sob um céu nebuloso, criando a mais bela paisagem que oscila entre o romântico e o sombrio.
O amor proibido entre um vampiro cativante e uma mortal introspectiva se mostra mais real do que nunca e aflora a imaginação e curiosidade do publico, formado em 75% por mulheres (Por que será?). O encontro do casal protagonista se faz entre a repulsa e um intenso envolvimento, já que ambos são fortemente atraídos (ele não tem mais força para ficar longe dela), mas sentem que algo os impede que fiquem juntos. Outra estória de amor, mais ou menos um Romeu e Julieta ala Frankenstein, misturando o amor platônico e intransponível do primeiro com um pouco do clima de terror do segundo, tendo ainda uma pitada de ações sobrenaturais de Smallville, numa mágica mescla de romance, terror e fantasia.

Muitos críticos afirmam que o filme não é muito fiel à obra de Stephenie Meyer, na qual o filme foi baseado, que inclusive chegou a 5º lugar na lista de Best-sellers do The New York Times e foi traduzida para mais de 20 línguas, resumindo: a sensação do momento. É normal que haja discrepância entre o enredo escrito e o cinematografado. Claro... compactar quase 400 páginas em 2 horas não deve ter sido uma tarefa fácil para Catherine Hardwicke. Mas prefiro ler o livro antes de tecer comentários descabidos, assim que ler terei mais o que falar eu acho.


Esse romance causa um forte envolvimento com os leitores ou telespectadores, pois aborda o mito dos vampiros de forma inédita, muito diferente das crônicas vampirescas tradicionais, como o assustador Drácula; além de retratar a paixão incondicional tanto no viés romântico quanto no trágico, aproximando sutilmente o amor e o medo. Está explicado o sucesso absoluto da saga.
A cena que quase encerrou o filme foi a que mais chamou a atenção, já que é típica dos filmes convencionais e geralmente a mais temida: quando o monstro feio está prestes a abocanhar o pescoço da mocinha e transformá-la numa sanguessuga. Mas essa foi completamente diferente... O que seria medonho e trágico se transformou sonhador e mágico. É algo entre a loucura e o romântico, os dois juntos talvez, inenarrável seria a melhor descrição para a cena.


Mas logo se acenderam as luzes, o filme acabou e deixou a triste sensação de que as barreiras foram reerguidas, a realidade voltou e toda a magia se acabou. Como a realidade é decepcionante às vezes... Saímos da sala sonhando em dar de cara com aquele cara maravilhoso, nem que seja um vampiro (bonzinho, claro), desde que tenha os olhos tão lindos como os dele. Em contrapartida só o que vemos são os manos com olhos perversos secando dos pés à cabeça as pobres meninas indefesas. Outros, mais nó cegos, até batem o carro na guia por desviarem a atenção do transito só para dar uma piscadinha ridícula (por mais incrivel e tosco que pareça...sim, isso aconteceu, rs). E as responsabilidades, os problemas, que por algum momento foram esquecidos voltam a atormentar... lembrei do que ainda preciso estudar e da minha prova em janeiro. =/
Ah, que chato! O que era doce se acabou, as personagens super veneradas por alguns não mais existem, Edward e Bella nunca existiram e passam a ser simplesmente Robert Pattinson e Kristen Stewart, atores, estrelas de Hollywood, ainda absolutamente lindos, mas meros mortais que distribuem autógrafos e dão breves entrevistas.
Quando a realidade volta à tona, caímos do cavalo, após algumas horas de encanto e ficção não vemos mais a paisagem vibrante do filme, assistimos apenas aos retrospectos do ano pela televisão, muitos bem trágicos. Fazer o que? Esse é o mundo onde vivemos, tem suas grandezas, obviamente, mas nem sempre é tão legal quanto as histórias surreais, em que o bem na maior parte das vezes suprime o mal e todos vivem felizes para sempre. O importante é achar um final feliz no meio dos percalços da vida, ainda que não seja dançando nos braços de um lindo homem com olhos de vampiro dissimulado.





Crepúsculo, super recomendo

Retrato escrito

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Finalmente cheguei a uma conclusão sobre o título desse meu blog. Tenho observado que a maioria dos meus colegas “blogueiros” apresenta e comenta o título antes de escrever qualquer outra coisa, mas farei diferente.... Não para ser diferente apenas, mas porque tenho sérios problemas com títulos.
Enfim... Retratos. De uns tempos pra cá descobri que fotografia não se limita àqueles retratos que tiramos loucamente para exibir no Orkut. Vai muito, mas muito além! Os dicionários dizem que é uma arte ou processo de produzir imagens pela ação da luz em filmes. Concordo, mas vou além novamente: fotografia é toda imagem projetada na cabeça de cada um, formando filmes completamente diferentes, seja pela ação da luz ou da escuridão, desde que seja tirada sob diferentes ângulos e focos.
E esse é o lugar para compartilhar (sei lá com quem) as fotografias que tenho tirado diariamente e mostrar um pouco da visão que tenho do mundo, vou tentar ser a mais panorâmica possível, porém nada prometo, já que não existe texto no mundo seja totalmente objetivo. Aqui publicarei meus retratos e relatos, como forma de me saciar, entreter, divagar , e o que houver de verdade ou mentira, vai do gosto do freguês. Talvez o que estiver escrito aqui seja pequenos flashes para a formação do meu retrato, ou não.

Vegas, please

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"Vegas"
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Gonna sell my car and go to Vegas
'Cause somebody told me that's where dreams would be
Gonna sell my car and go to Vegas
Finally see my name upon the Palace marquis
Gonna quit my job and move to New York
'Cause somebody told me that's where dreamers should go
Gonna quit my job and move to New York
And tattoo my body with every Broadway show.
Listen up now honey, you're gonna be sorry
Can't get out from under a sky that is falling
And you say…No fame no money I'm nobody
The way I'm running has sure got me down on my knees.
But next stop, Vegas please.
Gotta get to Vegas
Can you take me to Vegas?
Gonna sell my house and cross the border
'Cause somebody told me dreams live in Mexico
Gonna sell my house I got to lose ten pounds and cross the border
And make sweet love upon the white sandy shore.
I'm gonna lose my mind and sail the ocean.
'Cause somebody told me there were cherry blue skies
I'm gonna fix my mind with a final destination
And have a deep sleep upon a sweet dream I'll never realize...no
Listen up now honey, you're gonna be sorry
Can't get out from under a sky that is falling
And you say … No fame no money I'm nobody
The way I'm running has sure got me down on my knees.
Next stop, Vegas please.
Can you take me to Vegas?
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Adorei essa música! Não canso de escutá-la, após ouvir uma vez, ouço outra, e outra e outra.... Aposto que eu não sou a única que tem esse hábito tosco! RS
Mas o papo agora é VEGAS! Tem vezes que dá uma louca vontade de jogar tudo para o alto, largar tudo aqui e partir para Nevada numa noite longa e maluca no “parque de diversões da América”.
Como mostram alguns filmes, Vegas é o lugar da diversão ilimitada, das aventuras mais doidas e das loucuras inconseqüentes, de preferência realizadas por quem foi desapontado, abandonado, ou aqueles que estão nos “momentos escuros” da vida e vão procurar solução nas luzes dos cassinos e boates de Lãs Vegas. Ah se fosse fácil assim...
Não há problema algum em saber que Vegas é idealizada nos filmes e na mídia em geral como o lugar dos sonhos e da diversão ilimitada. Não ligo que Vegas é lugar para a casta elite gastar sua vasta fortuna. E daí que eu jamais vou ganhar no cassino? E muito menos vou voltar casada com o gatíssimo do Ashton Kutcher! (que pena!). Também não vou vender meu carro (nem tenho) ou me demitir como disse Sara Bareilles. Mas eu quero ir pra Vegas. Can you take me to Vegas?



02/12 - Dia do samba


Viva o samba!
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Seja samba enredo, gafieira ou canção
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Cante Vinicius, cante Zeca
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Mas toque sempre no coração!

Chutei mesmo

Hoje eu dei uma bela de uma bica nele. Coitado, chutei o balde MESMO. 26 de novembro, quarta- feira, oito e cinco da noite. Estou aqui, escrevendo não sei nem pra quem (talvez ninguém), apenas sei o porquê: saciar-me. Num dia comum de semana, estudando era o que eu deveria estar fazendo, assim como todos os meus colegas concorrentes, principalmente após um vestibular maldito e à véspera de outros.
No entanto, fui assaltada por uma preguiça incontrolável e sua gangue: a inconseqüência, o imediatismo e o marasmo. Roubaram- me o ânimo e a força que outrora eu tinha de sobra, que injustiça! O pior é não ter nem a quem recorrer, a não ser a mim mesma, mas esta parece não ligar para nada no momento. Assisti até vale a pena ver de novo! Nunca me senti tão vagal, a pior das pecadoras, a consciência foi engordando, assim como eu depois de tanto brigadeiro (meu Deus!!). Em breve as conseqüências virão, espero que não sejam tão catastróficas. Mas sempre vale a lei do mais forte... A preguiça venceu, foi um verdadeiro knockout, ainda estou levando uns socos na cabeça, mesmo assim estou muito bem ao som de Gavin Degraw, escrevendo pra mim mesma, por isso quero que o vestibular e todas as apostilas MORRAM!
Nessa luta, é como se a preguiça quisesse me acordar à medida que acaba comigo, parece dizer coisas do tipo “Vai mesmo se ferrar nas provas? Não vai estudar?”, ou “ Já viu o tamanha dessa barriga? Não vai parar de comer?” Tô nem ai! Ah, um diazinho só! Não deve fazer tão mal assim, sei que a correria impossibilita esse descarrego, mas faz um bem danado sair da tão chata rotina, cansei de estudar todos os dias até perder o controle das pálpebras.
Como não tenho mais muita coisa a falar, vou parar por aqui pois a novela das 8 já vai começar!

PS: Achei meio tosco esse texto, mas hoje é dia de chutar o balde. Se bem que o blog é meu e escrevo quanta merda eu quiser! haha

TIC TAC

Uma coisa que tem me incomodado muito nesses últimos dias é o natal. Há semanas que subo as escadas do metrô, cambaleando de sono e arrastando um peso que parece infinito e dou de cara com uma árvore de natal toda enfeitada (muito mal, por sinal). Isso causa um impacto meio forte para se sofrer às 6 e meia da manhã, início de um dia longo e maçante de cursinho.
25 de dezembro, uma data linda sim, embora as pessoas a usem hipocritamente para pôr em atividade as virtudes e a harmonia que o ano inteiro foram jogadas no bueiro do esquecimento, além de alimentar as boas esperanças para o novo ano que em se aproxima (no qual se passará a mesmíssima coisa).
Na verdade nem é esse o foco do texto, quero falar mesmo é da mania que o povo tem de SEMPRE antecipar as coisas, com meses de antecedência já se fala de panetone, chester e todas as liquidações malucas de natal. Tenho certeza de que logo que virar o ano, a páscoa já vai reinar em todos os lugares também. Tudo isso só para incentivar o consumismo? Todas as decorações alegres e iluminações das ruas são apenas para nos fazer gastar com presentes caros e garantir uma mesa farta? O Natal hoje é um símbolo de consumo. Há tantos que vêem nessas datas um dia de engordar e presentear, que coisa! Nem se lembram do Cara que mais merece atenção e prestígio.
O brilho ofuscado durante o ano inteiro recupera-se acompanhado do espírito natalino que nasce repentinamente nas pessoas, cheias de discursos ufanistas e um pouco utópicos, a violência só vai deixar de existir se todos nascerem novamente, não de um ano para outro. Fico imaginando o porquê da proximidade do ano novo gerar tanto impacto, todos resolvem se amar, se abraçar e proferir palavras de sucesso uns aos outros, mesmo após um ano assaz turbulento. O fim do ano tem o estranho poder de transformar nos em verdadeiros atores e atrizes.
Tenho a impressão de que o mundo gira a cada dia mais rápido, e exigi de seus moradores a mesma pressa e impaciência, mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma. Justamente por isso que o presente se faz cada dia precioso e deve indubitavelmente ser vivido de forma mais intensa possível. Por que não venerar o natal em sua propícia data? Acredito que essa espera louca pelo futuro em detrimento do presente é que faz do tempo um grande inimigo de muitos de nós. Ele chega apressado e sem paciência, torna-se cada dia mais escasso na medida em que se deixa de aproveitar o que está acontecendo hoje para se preocupar com amanhã.
Claro que deve haver planejamentos. Almejar e garantir prosperidade para o futuro é legal, mas isso não pode tirar nosso apreço pelo dia de sol que faz hoje, até porque o amanhã nunca chega, todo dia já foi amanhã, hoje e será ontem. Esse conceito de tempo nos remete a questionar quem foi o criador dessa massacrante contagem regressiva que dá ao homem a horrível sensação de estar sendo consumido como as farturas de uma mesa de natal.
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